Tempos estranhos esses! Quando uma grande parte da humanidade se prepara para fazer ‘memória’ do nascimento de Jesus, o mundo se defronta com a guerra, com a fome, com a miséria material e espiritual, com o desemprego, com a indiferença, com a exploração. São as mazelas da liberdade do ser humano.
Parece que nos esquecemos a centralidade da mensagem daquele que vai nascer. Mas podemos fechar nossos olhos, nossos ouvidos e até nossos corações que Ele nascerá. Insistentemente, Ele nascerá.
Podemos nos esconder nas compras, nos afazeres domésticos, nas conversas vazias e estéreis. Insistentemente, Ele nascerá.
Podemos nos deliciar com o mar. Podemos nos esconder na montanha. Insistentemente, Ele nascerá.
Podemos nos dizer ateus. Insistentemente, Ele nascerá.
Ele nascerá por que o ser humano não vive sem Ele.
Ele é o ar que respiramos. É o sangue que corre em nossas veias.
Podemos não reconhecê-lo mas Ele nos conhece e nos reconhece. Esse é um mistério! Esse mistério vamos vivê-lo mais uma vez neste Natal. Seria bom que toda a desgraça produzida por alguns homens contra todos os homens tivesse um fim. Ah, seria muito bom!
Por que não pedir a Ele exatamente isso? Por que eu não posso lutar como Ele lutou para que isso aconteça?
Que neste Natal, Ele que vem na forma de uma criança nos ensine a simplicidade, o serviço e a intensa espiritualidade com o Pai.
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