terça-feira, 30 de agosto de 2011

Caminhada da Fé


No dia 21 de agosto, foi realizada a I Caminhada de Alavancas Cursilhistas de Formiga. O local de partida foi da praça da matriz SVF rumo à Capela de Santa Rita, muita oração, música e espiritualidade em prol dos novos neos cursilhistas Jovens que será realizado nos dias 15 a 18 de setembro (masculino) e 22 a 25 de setembro(feminino). Valeuuuuu demais!!!


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para refletir: Fatos da vida e do coração


João e Maria se conheceram na juventude. Tudo começou num Domingo de sol no campo de futebol. João era um excelente lateral e Maria, com suas irmãs, ficam entusiasmadas durante o jogo.

Troca de olhares até que um dia João chamou Maria para namorar. O namoro durou dois anos. Os dois desejavam casar, mas João não queria saber da igreja. Maria sempre sonhou em casar na igreja. Mas João pensava:”Casar pra que?A gente vive tão bem. Meu Deus do céu pra casar é preciso fazer festa, chamar um Padre, convidar os amigos, comprar roupa nova além de ter muita paciência para arrumar todos os papéis. Vamos juntar os “trapos” que é melhor. E se não der certo...a gente separa”.

Decidiram morar juntos sem “alarde”. Mas o sonho de Maria continuava ali...O tempo passou e vieram os filhos. João Pedro, Ana Carolina e Marcelo. E agora, estão crescidos e sem batizar. Pra batizar o que fazer? Foi a maior dificuldade, mas conseguiram. Com a participação dos filhos na catequese João e Maria se sentiram motivados a participar da comunidade a fim de “dar exemplo” pros filhos. Mas sempre se sentiam envergonhados por não participarem da comunhão e de algum trabalho na Comunidade. 

E os filhos sempre perguntavam...Por que vocês não se casaram? Um dia o Sr. José, coordenador da comunidade, começou a conversar com João a respeito de sua vida pessoal e descobriu que eles não eram casados e que não havia nenhum impedimento para que eles casassem. Porém,. Agora, depois de 15 anos juntos, João dizia ter vergonha de casar e que era melhor deixar como está. Depois de muita conversa na comunidade e com Maria, João resolveu participar de um grupo de reflexão durante a semana da família. Ali, com a ajuda da comunidade descobriu a importância do Sacramento. 

Agora ele estava convencido que estar amasiado é como estar diante de um rio sem poder se banhar e que o Matrimônio é como que um banho no amor de Deus que nos torna sinais do seu amor.

O Matrimônio é uma união não a partir de si, mas do projeto de Deus. E foi aquela festa, no dia de São José, João e Maria celebraram o seu casamento.

31ºEncontro: Família, Pessoa e Sociedade

O 31º do Grupo Unidos pela Fé foi organizado e ministrado por Marília Kate que apresentou o tema Famíla. Por estarmos na semana da Família, Marília abordou um texto para reflexão: Família, Pessoa e Sociedade.
Tanto a vida pessoal como a social é profundamente marcada pela família. A serenidade pessoal como a convivência social depende muito da família. “A salvação da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada à felicidade familiar”. Nosso povo costuma exclamar: “como é bela uma família unida e feliz”. 
  A família cristã está  fundada no Sacramento do Matrimônio entre um homem e uma mulher, sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja. “A família é imagem de Deus que em seu mistério não é uma solidão, mas uma família.”
Na comunhão de amor das três Pessoas Divinas, nossas famílias tem sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mis bela..

Casar na igreja significa reconhecer que aquela união conjugal corresponde ao desígnio de Deus. O casal necessita da Misericórdia e da Graça de Deus para vencer o cansaço, o desgaste e as eventuais desilusões.

“Eu sei que Deus te fez pra mim!” Eta coisa bonita! Um amor sincero e verdadeiro vivido junto de Deus. Muitas pessoas dizem que estão a procura de sua “cara metade”, ou de sua “alma gêmea” como se fosse coisa fácil ou até mesmo existisse. Pode até existir em filmes e novelas...mas na vida real...não existe alma gêmea. O que existe são duas pessoas que se amam e que possuem gostos diferentes, reações, defeitos, dons e até manias diferentes. Mas apesar destas diferenças, ao assumir o Matrimônio, afirmamos que é possível, construir um projeto de vida em comum.

Senhor, fazei de nosso lar um lugar de vosso amor. Que não haja injúria porque nos dais compreensão. Que não haja amargura porque nos abençoai. Que não acha egoísmo porque nos alentais. Que não haja rancor porque nos dais o perdão.

Que não haja abandono porque estais conosco. Que cada manhã seja o inicio de mais um dia de entrega e sacrifício. Que cada noite nos encontre com mais amor. Fazei Senhor das nossas vidas, que quisestes unir, uma resposta generosa ao vosso propósito de amor. Fazei Senhor de nossos filhos o que desejardes ajudai-nos a educá-los, orientá-los no Vosso caminho.

Que nos esforcemos no apoio mútuo. Que façamos do nosso amor conjugal um motivo para amar-vos mais. Defendei-nos de todos os perigos e daí a cada um de nós vida longa e feliz e, quando chegar a nosso hora, daí-nos a graça de morarmos juntos no céu.

Amém.


30º Encontro: Vocação: chamado de Deus

Vocação significa chamado: Alguém chama e alguém é chamado. Há uma ligação íntima entre aquele que vocaciona e aquele que é vocacionado ou chamado. Quem vocaciona dá a vocação e alimenta a chama do vocacionado.

A vocação, sem a qual nenhuma outra nos enriqueceria, é o chamado a existir, à vida. A vida humana, segundo a Palavra revelada, é dom sagrado, precioso e sublime do amor de Deus. Eis o que afirma a Bíblia: Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança". (Gen 1)

A Bíblia ratifica a Vocação à vida humana como Dom de Deus a cada pessoa e diz categoricamente que "o Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gen 2,7).

A imagem bíblica deixa clara a procedência da vida humana, matéria trabalhada pelas mãos do criador e pelo sopro vivificante do Espírito de Deus moldando à criatura humana em uma unidade perfeita, distinta e diferente Dele, mas criada à sua imagem e semelhança.

Somos chamados à vida, ou seja, a sua, a minha, as nossas vidas são dons de Deus, nós apenas as recebemos da gratuidade de seu amor. Mas... vida dada, vida recebida, o que fazer com a vida? Só temos uma vida e precisamos usá-la bem.

É necessário canalizá-la, a partir da nossa liberdade, iluminada pela fé e em diálogo com a Igreja, para objetivos que discernimos como "a vontade de Deus para nós" .Vocação é um desígnio pessoal do amor de Deus para cada pessoa. Quando Deus nos chamou à vida, no seu coração de Pai, Ele já guardava desde toda a Eternidade um estado de vida, uma graça para enriquecer a pessoa e enviá-la à missão.

Vocação e missão se encontram estreitamente ligados. Por isso, o que importa é discernir a vontade de Deus e abraçá-la. Se esta for o casamento, vamos assumí-la, se for o sacerdócio ou a vida religiosa ou mesmo consagrados como casados, assumamos a postura de Maria: "Faça-se em mim segundo a vossa Palavra"( Lc 1, 38 ).

Na grande vocação cristã há um chamado de Deus dirigido a todos: "sede santos porque eu sou Santo". No Novo Testamento está escrito "a vontade de Deus é a vossa santificação". Religiosos, padres e leigos vocacionados, são chamados antes de tudo à santidade.

Jesus nos ilumina para discernir a vontade de Deus, propondo o caminho do amor: "A quem me ama eu me manifestarei". A vocação à santidade é para todos, ninguém está excluído. No céu entra quem, aceitando o chamado de Deus, se deixa conduzir pelo Espírito Santo e se assemelha, no coração e na prática da vida, a Jesus, aqui na terra.

Mas, vocação, no caminho da Igreja, é chamado de Deus, graça que enriquece o batizado e o convida para uma consagração e uma missão. O primado do ser sobre o ter é o reconhecimento do sentido da vida como o chamado do amor gratuito de Deus, como dom livre e responsável de si mesmo aos outros em Cristo e na atitude evangélica de serviço de Maria. Não fostes vós que me escolhestes mas eu que vos escolhi" (Jo 15,16).

Vocacionados ao sacerdócio, à vida religiosa sob os mais diversos carismas são sempre pessoas amadas pessoalmente por Deus e candidatos à consagração. Ainda hoje Deus continua chamando. Qual sua resposta a Jesus que te chama?

Texto: Canção Nova

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Oração: A graça do amor fraterno


Senhor Jesus, foi teu grande sonho que fossemos um, como o Pai e Tu e que nossa unidade se consumasse na vossa unidade.
Foi teu grande mandamento, testamento final e bandeira definitiva para teus seguidores, que nós nos amássemos como Tu nos havias amado; e Tu nos amaste como o Pai amava a ti. Essa foi a fonte, a medida e o modelo.
Com os doze, formaste uma família itinerante. Foste com eles sincero e veraz, exigente e compreensivo e, principalmente, muito paciente. Como em uma família, alertaste-os para os perigos, estimulaste-os diante das dificuldades, celebrastes seus êxitos, lavaste-lhes os pés, serviste-os à mesa. Primeiro, deste-nos o exemplo e, depois, deixaste-nos o preceito: amai-vos como eu vos amei.
Na nova família ou fraternidade que hoje formamos em teu nome, acolhemos-te como dom do Pai e te integramos como irmão nosso, Senhor Jesus. Tu serás, portanto, a nossa força aglutinante e a nossa alegria.
Se não estiveres vivo entre nós, essa comunidade virá abaixo como uma construção artificial. Tu te repetes e vive em cada membro e por isso nós nos esforçaremos para respeitar-nos uns aos outros como faríamos contigo. Tua presença nos questionará, quando a unidade e a paz for ameaçada em nosso lar. Pedimos-te, pois, o favor de permaneceres muito vivo em cada um de nossos corações.
Derruba as altas muralhas levantadas dentro de nós pelo egoísmo, o orgulho e a vaidade. Afasta de nossas portas as invejas que obstruem e destroem a unidade. Livra-nos das inibições. Acalma os impulsos agressivos. Purifica as fontes originais. E que cheguemos a sentir como Tu sentias, amar como Tu amavas. Tu serás nosso modelo e nosso guia, ó Senhor Jesus!
Dá-nos a graça do amor fraterno: que uma corrente sensível, quente e profunda corra em nossas relações; que nos compreendamos e nos perdoemos; que nos estimulemos e nos celebremos como filhos de uma mesma mãe; que não haja, em nosso caminho, obstáculos, reticências nem bloqueios, mas que sejamos abertos e leais, sinceros e afetuosos e, assim, cresça a confiança como árvore frondosa que cubra com sombra a todos os irmãos da casa, Senhor Jesus Cristo.
Conseguiremos, assim, um lar cálido e feliz, que se levantará como uma cidade na montanha, como sinal profético de que teu grande sonho se cumpre e de que Tu mesmo, Senhor Jesus, estás vivo entre nós.

Assim seja!

Para refletir: Minimamente feliz





A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num
outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de
felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade
com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da
dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com
essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor
estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma
coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que
a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e
os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída
em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café
recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que
nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos
que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias
de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade
homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar
(ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava,
tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada
segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira
pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado,
dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se
descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada    
dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura
felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e
rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou
com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro
conversar com pessoas inteligentes'
. Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela
felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por
prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos
viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem
sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
    

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E
faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da
palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena',
'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos
crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar
um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e
nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe
encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase
sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você
acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a
Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E
quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as
pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa
soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para
os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver
eternamente em compasso de espera.
 
 


Leila Ferreira, jornalista

29º Encontro: Amor Fraterno


                                             Evangelho de São João – Capítulo 15

Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.
Aqui está o maior de todos os mandamentos: o amor. Desde o Antigo Testamento, Deus se comunica pelo amor. A existência do universo é uma prova de amor. A aliança é uma prova de amor. Os profetas que fazem com que a esperança continue viva são uma prova de amor. O Ágape divino é a razão primeira da existência do universo e da história.
                O amor não é uma imposição intrusa, externa. É uma condição própria do homem. O amor anima, isto é, dá alma à existência humana. O amor traz o significado à vida. Os gregos falavam dos três tipos de amor: Eros, Filia e Ágape. Eros é o mais aprisionado, brincalhão. Filia é amizade. E Ágape é divino. É amor que não exige retribuição. É puro. É livre.
                Em toda a história da salvação, percebemos o amor de Deus pelos seus filhos. A vida de Jesus é uma surpreendente história de amor. Um amor que primeiro cuida, depois orienta. É como a mãe que vê o seu filho machucado por ter quebrado a mesa de vidro. Primeiro ela cuida dos ferimentos, acalma o nervosismo, embala no colo. Depois orienta para que o erro não se repita.
                O amor cristão faz com que repitamos as primeiras comunidades que estão retratadas no inicio dos Atos dos Apóstolos. O Senhor ia reunindo mais e mais pessoas, e a Igreja ia crescendo porque eles se amavam. Aliás, os cristãos eram conhecidos pelos não cristãos pela seguinte expressão: “Vede como eles se amam”. E esse testemunho fazia com que mais e mais pessoas quisessem aderir ao cristianismo. O amor foi a principal virtude para que a Igreja, no inicio tímida e pequena, fosse angariando mais seguidores.
                Meus irmãos, não há nada mais bonito do que uma comunidade que se ama. Um padre se realiza como pastor quando vê o amor entre as suas ovelhas. Um pai se acalma quando percebe o amor entre os irmãos. Um amor que constrói, que edifica, que ilumina e supre tantas outras necessidades de que já falamos.
                A ausência de amor, ao contrário, traz os piores sentimentos. A inveja, o orgulho, a prepotência, o desrespeito, a injustiça. Quem ama é justo. Quem ama é verdadeiro. Quem ama é paciente. Lembremo-nos dos ensinamentos de São Paulo em sua carta aos Coríntios. O amor é ainda maior do que a fé e a esperança. O outro nome do amor é a caridade. A caridade não é Eros nem Filia. É ÁGAPE.
                Há um conto chinês que narra a história de um jovem que foi visitar um sábio conselheiro e lhe falou sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa: “AME-A”. E logo se calou. O rapaz, insatisfeito, acrescentou: “Mas, ainda tenho dúvidas...”. Novamente, o sábio lhe disse: “AME-A”. E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, continuou:
“Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda. Simplesmente: Ame! A vida sem AMOR... não tem sentido.”
E ainda prosseguiu o sábio:
A inteligência sem amor te faz perverso.
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz avarento.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz ridículo.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A vida sem AMOR... não tem sentido.

                O amor dá significado às relações. Tornamo-nos mais dóceis, mais inteiros, mais comprometidos com o outro. Enfrentamos a dor com mais grandeza. O saudoso Papa João Paulo II foi a grande prova de uma vida dedicada ao amor. O seu perdão ao homem que desferiu tiros contra ele foi comovente. Sua peregrinação pelo mundo foi em defesa da paz.
                Quando da celebração dos cinco anos de falecimento do Papa João Paulo II, o Papa Bento XVI disse que o seu antecessor era movido pelo amor a Cristo, a quem havia dedicado sua vida, um amor sobreabundante e incondicional. Disse Bento XVI: “ Foi precisamente porque se aproximou cada vez mais de Deus no amor que ele pôde tornar-se companheiro de viagem para o homem de hoje, derramando no mundo o perfume do amor de Deus (...) A progressiva fraqueza física, de fato, não corroeu jamais sua fé rochosa, sua luminosa esperança, sua fervente caridade. Ele se deixou consumir por Cristo, pela Igreja, pelo mundo inteiro: seu sofrimento foi vivido até o final por amor e com amor (...) esse amor de Deus, que vence tudo.”
                Há líderes políticos que conseguiram apreender essa lição. Gandhi fez uma grande peregrinação pela não violência. Comoveu uma nação. Jejuou. Tentou compreender as diferenças religiosas, tudo em busca de um mundo não violento. Parecia ingênua sua proposta de paz, mas o tempo provou que ele estava correto. Aquele homem franzino se fez gigante e poderoso pela grande causa que abraçou.
Nelson Mandela é outro exemplo de grandeza de alma. Ficou preso durante 27 anos e saiu da prisão disposto a amar. É dele esta preciosidade: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.”
                É preciso resgatar essa capacidade de amor. O ódio é uma forma mesquinha de resolver os conflitos. A violência real ou simbólica nos afasta de Deus e de nossos irmãos.
                Toda a lei se resume neste lindo ensinamento de Jesus: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”.
                Santo Agostinho filosofa, explicando esse mandamento:
Ama e faz o que quiseres. De uma vez por todas, uma pequena regra é exigida de ti: ama e faz o que desejas. Se tu manténs o silêncio, faz isso por amor; se gritas, faze-o por amor. Se evitas punir, faz isso por amor. Cultiva em ti a planta do amor, pois dela só poderá vir o que é verdadeiramente bom. Por amor.


Quem ama nunca faz o mal, e é para o bem que nascemos!
                                                                                                                                                                         Um abraço,


 João Paulo